nasci numa família pré convertida ao cristianismo, cerca de dois anos após a conversão da minha mãe, por persuação do meu pai — na altura ainda namorado.

desde então eu frequentei a igreja dos meus pais, que, por conveniência, não direi qual é.
tive muitos bons momentos lá e, do que me lembro, os anos mais remotos de 98' 99' na igreja do "Cassequel do buraco", na rua 55, foram uns dos melhores. a minha primeira amiga, a primeira pessoa por quem me apaixonei, que por algum acaso era a filha do pastor da minha igreja, pr. Felner, chamava-se Ester. foi bem nesses anos que eu descobri que o meio em que estamos inseridos determina muito do que realmente somos, em termos de carácter e personalidade.

desses anos não me lembro somente da Ester e da sua família:

lembro-me também das brincadeiras inocentes que fazíamos quando crianças no salão da igreja, [talvez por não saber o real valor do lugar em que estávamos]...

do dia em que a minha mãe "jurou" não mais me levar à igreja até que eu "tomasse" juízo, num domingo, por uma razão que não me convém contar... [rs!]

as piadas de domingo ao meio-dia, enquanto os pais de alguns, sendo obreiros, se reuniam no salão da igreja com o pastor. 

tornaram-se tempos irretocáveis, momentos que nunca sairão da memória de quem os viveu como se fossem os seus últimos de uma vida 'insignificantemente irrelevante', uma vida sem grande charme ou brilho de que se possa orgulhar...

eis aí o começo de toda a história que ainda não viu o seu fim.

filho de pais obreiros, [atenções focadas em nós, de uma ou de outra maneira] a minha relação com a igreja era estritamente familiar, se é que me faço entender... [!?]

não, não é assim que as coisas devem ser postas. é o seguinte:

"quando uma pessoa nasce e cresce envolta em determinada cultura, em caso de "aquilo" ser o seu único panorama ocular, muito provavelmente, não haverá outros horizontes a serem vislumbrados por esta, causando assim a degradação e a omissão da sua oportunidade de escolha, a sua capacidade — digamos assim — de escolha é ofuscada, impossibilitando a este indivíduo qualquer forma de decisão de mudança (ainda que inconscientemente) pois, como poderá ele escolher, se no final das contas só existe uma decisão a tomar!?

claro que ainda estamos muito longe do que é o ideal e que, muitas vezes o moral e o ético são tidos como 'relativismos individuais', fazendo com que cada um dite as normas do seu próprio caminho e aprove sua própria forma de ver o mundo ao redor, apoiado na teoria de que mais importa como nos sentimos do que o que realmente pretendemos fazer ou — na maioria dos casos — já estejamos a fazer.

o problema que eu enfrentei — pelo qual muitos poderão ainda passar — não se prende sobre a questão de 'ser' ou 'não ser' certo mudar de religião ou, se convém ou não que pessoas saiam de uma igreja pra outra a fim de se sentirem melhor com a forma de adoração que pretendem fazer, ou ainda, se acharem melhor numa outra congregação. o problema, que não é problema; a questão, que não tem fundamentos sólidos pra sua argumentação, serve apenas pra apoiar outras ideologias de outras pessoas que "eles mesmos acusadores" previamente já reprovaram. [!?!?]

a verdade é que há muito de bom nas igrejas, não pelas ideologias ou doutrinas, mas pelo DEUS da palavra que lá se prega, caso não, pelo DEUS que lá se devia pregar, ou ainda, na maior das graças, pela "presença" — permitam-me a redundância — 'sempre presente' desse mesmo DEUS que tem em sua palavra declarado por meio de um dos seus mensageiros: 

"para com DEUS não há acepção de pessoas". Romanos 2:11; Actos 10:34; Efésios 6:9

aí se prendem os meus alaridos e os meus questionamentos voltam hipocritamente a ser os mesmos daqueles que, ainda outrora mensionei serem "ideologias de acusadores".

facto é que nos cercamos de muitas perguntas e não damos nenhuma resposta. porque não sabemos respondê-las, claro. mas temos a fonte das respostas, a mesma que nos suscitou as maiores dúvidas jamais solvidas desde sempre, essa mesma, a voz de DEUS é a pergunta a qual somos incapazes de responder e resposta, a qual somos inábeis de compreender.

aí vêm os alarmados que, pensando serem entendidos de todo conhecimento em questão, tornam-se nos maiores hipócritas de todos, querendo apontar com os seus dedos a escolhas de outros, não julgando por si mesmos a escolha errada que, quer queiram quer não, lhes aufere nada mais do que o direito a serem julgados por seus próprios juízos."

assim, em 2008, conheci…

(depois posto mais detalhes)